FOMOS INCLUÍDOS PARA  INCLUIR

Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio


"Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz"

1 Pe 2.9



Capa do artigo: A democracia ateniense

Ilustração que recria a assembléia popular ateniense (eclésia) reunida na Pnyx, uma colina a sudoeste da Ágora



                    Os primeiros a ensaiarem uma sociedade democrática foram os gregos. Eles também começaram a elaborar o conceito de cidadania. Em Atenas, capital da Grécia, haviam espaços públicos, as Ágoras, que era o nome que se dava às praças públicas na Grécia Antiga. Nestas praças ocorriam reuniões onde os gregos, principalmente os atenienses, discutiam assuntos ligados à vida da cidade (pólis).

As assembleias

                    As assembleias aconteciam na Ágora e os gregos podiam decidir sobre temas ligados a justiça, obras públicas, leis, cultura, etc. Os cidadãos votavam e decidiam através do voto direto. Também era um espaço público de debates para os cidadãos gregos. Todos os cidadãos eram convocados para lá darem opiniões, propor mudanças e votarem assuntos relativos à administração da cidade. No entanto, ficavam de fora mulheres, crianças e escravos. Fica então evidente que aquele modelo de cidadania era privilégio de alguns.


            O Deus Eterno também faz uma convocação. Ele chama todos a um relacionamento com ele a partir da fé em Cristo Jesus. Ele quer dar oportunidades de vida. Abre espaço para falarmos dos nossos problemas e nos convoca para sermos seu povo e os seus herdeiros, exercendo a cidadania celeste já aqui.


                  Na história da humanidade alguns pensaram que essa convocação divina era um privilégio, como na Grécia, e que Deus  chamava apenas um tipo de gente. A cidadania proposta pelo amor divino não é do tipo grego. A paz e o perdão oferecidos por Jesus na cruz quer incluir sexos, raças, cores, ideologias, culturas numa só empreitada.       


                    Desde os primeiros denominados "cidadãos" vemos falhas e exclusões. No Brasil, cidadania também muitas vezes é privilégio dos que têm informação, influência, poder econômico ou coragem de exigir direitos. Essa realidade bate de frente com o amor de graça, universal e sem distinções de nosso Pai celestial. Pela fé já estamos convocados a repartir a boa nova da salvação, não só no falar, mas especialmente através de gestos concretos de amor sem discriminação. Fazendo isso, vamos quebrar a lógica desumana da preferência, e vamos antecipar pequenas amostras do que é o Reino Justo que um dia Cristo vai inaugurar em sua plenitude.


                    

OREMOS: Senhor, tu não diriges a tua convocação somente a alguns. Faze com que eu também saiba amar sem dar preferências. Amém!


                    

                            


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