Hoje nossa meditação vai ser um pouco mais longa, para que entendam o que é o HALLOWEEN
Pra. Maria Luísa Duarte Simões
Mensagem de 31/10
Acredita-se que muitas das tradições do Halloween originaram-se do antigo festival celta da colheita, o
Samhain, e que esta festividade gaélica foi cristi
também podem ter tido raízes pagãs. Alguns, no entanto, apoiam a visão de que o Halloween começou
independentemente do Samhain e tem raízes cristãs.
Entre as atividades de Halloween mais comuns estão festas e fantasia, praticar "doce ou travessura",
decorar a casa, fazer lanternas de abóbora, fogueiras, jogos de adivinhação, ir em atrações "assombradas",
contar histórias assustadoras e assistir filmes de terror. Em muitas partes do mundo, as vigílias religiosas
cristãs de Halloween, como frequentar os cultos da igreja e acender velas nos túmulos dos mortos,
permanecem populares, embora em outros lugares seja uma celebração mais comercial e secular. Alguns
cristãos historicamente se abstém de carne no Dia das Bruxas.
Etimologia
O primeiro registro do termo Halloween é de cerca de 1745. É uma contração do termo inglês
All Hallows' Eve, que significa véspera do Dia de Todos-os-Santos, data comemorativa do calendário cristão.
Embora existam várias teorias sobre a origem, a mais difundida aponta para o festival celta Samhain,
celebrado na Irlanda, Escócia e Ilha de Man.
Na verdade, antes da palavra inglesa All Hallows' Eve, a Vigilia Omnium Sanctorum foi a origem latina,
sendo trazido para as Ilhas Britânicas e acabou sendo anglicanizada após o declínio de romanos nas Ilhas
Britânicas. Essa palavra original de língua latina significa Vigília de Todos os Santos.
História
A origem do Halloween traz às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcas das diferenças em relação às atuais abóboras ou da muita famosa frase "doces ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o Halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário
A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:
Origem pagã
A origem pagã do "Dia das bruxas" tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos e à deusa YuuByeol (símbolo antigo da perfeição celta). A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 a.C.) acabou unindo a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo.
Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as
festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio
caminho entre o equinócio de outono e o solstício de inverno, no hemisfério norte). Eram precedidas por uma
série de festejos que duravam uma semana, e davam ao ano novo celta.
A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para os cristãos seria
"o céu e a terra" (conceitos que só chegavam com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um
lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. As festas eram presididas pelos sacerdotes
druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os
espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao
outro mundo.
Origem católica
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais
tarde o Papa Bonifácio IV transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo
cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os
Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III mudou a data para 1 de
novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma.
Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada
universalmente.
Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia
anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow's Eve (Vigília de Todos
os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e All Hallow Een até chegar à palavra atual
Halloween.
Até hoje, alguns países, incluindo o Brasil, celebram o Halloween na Véspera de Todos os Santos, o que
ocorre em 31 de Outubro, uma vez que o Dia de Todos os Santos é comemorado em 01 de novembro. Há
teólogos que dizem que essa prática foi incentivada para extirpar o Dia de Todos os Santos, que se tornara
muito forte. Foi um jeito de combatê-lo.
Atualmente
Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso, foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.
Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte.
Multiplicaram-se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.
Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar.
Na Idade Média, um costume do Dia de Finados era o souling (de "soul", alma), em que crianças iam pedindo pelas portas um bolo, o "bolo das almas", em troca do qual fazia uma oração pelos familiares falecidos de quem lhes dava o bolo. Essa tradição poderá ter evoluído para a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), que teve possivelmente origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500-1700).
Nesse período, os católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas de sacerdotes foram martirizados. Produto dessa perseguição foi a tentativa de atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento, matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama foi
descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado Guy Fawkes
foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado logo em seguida.
Em pouco tempo a data converteu- se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos
protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos para exigir deles cerveja e
pastéis, dizendo-lhes: trick or treat (doce ou travessuras). Mais tarde, a comemoração do dia de
Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de
outubro, unindo-a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes
irlandeses.
Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas
pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura.
Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje, por colonização cultural dos Estados Unidos,
aparece o Halloween enquanto desaparecem as tradições locais.
No fim do ano 1970, o Halloween se espalhou pelo mundo, incluindo o Brasil, quando o Halloween
se desenvolveu na América do Norte depois de trazido pelos europeus e pelas escolas de inglês.
No Brasil
O Halloween, é conhecido como Dia das Bruxas, chegou ao Brasil quando ele se espalhou pelo mundo a
partir de ano 1970, já acabou de se tornar mais popular no Brasil, mas não há muitas pessoas que seguem a
tradição como nos Estados Unidos e Canadá. Halloween é celebrado no mesmo dia que os americanos e
canadenses celebram, até o mundo também celebra.
A celebração de Halloween acontece em alguns lugares mais comuns, como boates, escolas, cursos de
inglês e alguns condomínios, às vezes as pessoas celebram esse feriado nesta época de outubro também.
Mas algumas pessoas brasileiras também decoram o Halloween em casas, é raro encontrar em algumas
cidades do Brasil.
Halloween também sofreu sendo muito polêmico na política brasileira por causa de criticar contra a
americanização, comercialização e intolerância ao cristianismo, até o grupo brasileiro criou o Dia do Saci para
derrubar o Halloween do próprio calendário brasileiro, mas alguns brasileiros continuam a celebrar esse dia. O
Dia do Saci não se tornou muito popular.
Controvérsias
Supostas ligações com o satanismo e propaganda anticatólica
A partir do século XVIII, espalhou-se a teoria de que Samhain era na verdade um festival satânico, centrado
na adoração de um deus da morte ou príncipe das trevas de mesmo nome, às vezes assimilado a Satanás,
a quem sacrifícios sangrentos eram oferecidos. A ideia de que o feriado celebra Satanás, demônios e
feitiçaria foi encontrada em algumas denominações protestantes, como a Igreja Evangélica e a Assembleia
Mundial das Assembléias de Deus. A hipótese, segundo a estudiosa Lisa Morton, é historicamente infundada e
falsa, pois a etimologia teria sido difundida pela obra Collectanea de Rebus Hibernicis, publicada em 1786 e
escrita pelo soldado britânico Charles Vallancey. Além disso, de acordo com Lesley Pratt Bannatyne, não há
evidência de que os druidas fizessem sacrifícios humanos no Halloween/Véspera de Todos os Santos: “Os
druidas não eram satanistas; e os satanistas não têm nenhuma ligação com "doce ou travessura".
Outras teorias apresentadas por alguns conservadores cristãos implicariam que Baal, uma divindade do
Oriente Médio, também entraria no panteão celta; Baal, portanto, teria sido comparado a Belanu, chamado
Bel, identificado como a divindade da primavera e do verão, cujo reinado teria terminado durante a noite de
Samhain, deus da morte. A historiografia moderna, embora a existência de um personagem menor da
mitologia celta chamado Samhain tenha sido sugerida, determinou que ele não é uma divindade e que não
existe nenhum deus com este nome. As ligações entre o Halloween e o satanismo também foram rastreadas
até a campanha de um extremista protestante chamado Jack Chick, que supostamente distribuiu vários
materiais anticatólicos na anti-véspera de Todos os Santos na década de 1980, na convenção de que o
catolicismo esconde a idolatria pagã. Vários protestantes e alguns católicos, desconhecendo a ideia
anticatólica subjacente à equação satânica, teriam começado a acreditar nas ideias de Chick, acabando por
se distanciar das práticas tradicionais da Noite de Halloween / Véspera de Todos os Santos, como abóboras
vazadas ou "Doces ou travessuras?"
Espero que tenham entendido que se prevalecer a idéia de que Halloween é uma comemoração ao dia das
bruxas ou a santos celtas, ao fantasiar sua criança para ir à festinha da escola, estão, você e ela,
cometendo a mais pura idolatria. Há uma parte dessa história defendida por historiadores e teólogos, que
conta que nos 7 dias que antecediam o Halloween, iam sendo sacrificados animais, cujo porte ia crescendo
com o passar dos dias, de um pombo para um galo, um cachorro, um bode de chifres bem espiralados , um
novilho, etc, até que no sétimo dia era sacrificada uma criança tirada do útero da mãe, juntamente com a
própria mãe...Sempre ao canto ininterrupto de "666, 666, 666..." Folclore? Verdade? Não há como afirmar
nada. Os druidas não deixaram literatura religiosa, só tradição oral.Eu, particularmente, não arriscaria.
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